Listas de Filmes

Filmes Infantis


WALL-E  (WALL·E é um filme de animação americano de 2008 produzido pela Pixar Animation Studios e dirigido por Andrew Stanton. A história segue um robô chamado WALL·E, criado para limpar a Terra coberta por lixo em um futuro distante. Ele se apaixona por um outro robô chamado EVA, e a segue para o espaço em uma aventura que irá mudar seu destino e o destino da humanidade  QUE TRATA MEIO AMBIENTE).


A Bela Adormecida


A BELA E A FERA


A Dama e o vagabundo


A Era do Gelo 4


Aladin


A nova onda do imperador



Alice no País das Maravilhas


A Lenda dos Guardiões



ArthurAristogatas


A Peuqna Sereia


Barbie-Unidas (Connected)


Bernado e Bianca


Branca de Neve e os Sete Anões


Caçadores de Dragões


Carros 1


Carros 2


Cinderella


Como Treinar o Seu Dragão


Deu a Louca na Cinderela


Deu a Louca na Chapeuzinho


Dumbo
 Enrolados


Gnomeu e JulietaKung Fu Panda


Lilo & Stitch

Meu Malvado Favorito


Mickey Mouse

Montros S.A

101 Dalmatas


O Bicho vai Pegar


O Cão e a Raposa


O Ursinho Pooh

O Rei Leão

Os Smurfs


Planeta do tesouroPeter PanProcurando Nemo


Pinóquio


Pocahontas


Rio


Robin Hood Toy Story 3

Timão e Pumba


Vida de Inseto


INFÂNCIA - o cotidiano infantil

- Central do Brasil. Direção de Walter Salles Jr. Brasil: Europa Filmes, 1998.

- Ilha das Flores. Direção de Jorge Furtado. Brasil: Casa de Cinema de Porto Alegre, 1989.

- Minha vida de cachorro. Direção de Lars Von Trier. Suécia: Versátil, 1985.

- A Vida é bela. Direção de Roberto Benigni. Itália: Paris Filmes, 1997.

- Nenhum a menos. Direção de Yimou Zhang. China: 1999.

A Era do Gelo - amizade e paternidade ,infantil.

Monstros S/A - medo e cuidado, infantil .

Dinossauros- diferenças étnicas, infantil.

Vida de Inseto- confiança, grupo de amigos, infantil.

Toy- Tarzan - Trabalhar a diferença - crianças

O corcunda de Notre Dame - auto estima,inclusão . Crianças

Gasparzinho, o fantasma camarada - socialização,crianças.

O rei Leão - Perdas, crianças.

Bambi - perdas, crianças.

Toy-História - companheirismo, infantil

Filhos do Paraíso- "Filhos do Paraíso". Delicada história de crianças, com a água de Teherã ao fundo.

Duas Vidas – enfoca a idéia de estar em paz

Vida em preto e branco – importância do sentir

Em busca da terra do nunca – sonhar é bom, nunca desqualifique o sonho de alguém


FILMES PARA A REUNIÃO PEDAGÓGICA

O momento mais adequado para traçar diretrizes para o ano letivo que se inicia em uma Escola, é o que antecede o início das aulas. A coordenação pedagógica e a direção escolar podem prever um plano de ação junto aos docentes com o objetivo de sensibilizá-los para assuntos contemporâneos e de relevância.

Um dos recursos mais eficientes para a sensibilização das pessoas é a utilização do cinema para apresentação de idéias, através de uma linguagem imediata e acessível.

A seleção de filmes deve privilegiar temas de relevância para a equipe com que se trabalha. E se possível deve ter continuidade através de outros filmes no decorrer do ano. A coordenação pedagógica pode escolher alguns filmes que serão trabalhados com os professores e propor discussões que acarretem a mudança atitudinal no dia-a-dia escolar.

A seleção a seguir privilegia a sensibilidade para temas pouco discutidos nas instituições de ensino e que merecem uma maior atenção por parte de toda a comunidade escolar.


DOGVILLE - Ambientado nos anos 30, o filme Dogville foi concebido totalmente em estúdio com utilização de poucos cenários e muitas demarcações no chão para indicar as casas dos personagens e a rua principal da pequena cidade localizada entre as montanhas rochosas. O diretor privilegiou o trabalho de atuação dos atores e utilizou recursos de luz para indicar as mudanças entre dia e noite e em pontos marcantes do filme.

Organizada em um prólogo e nove capítulos, a obra utiliza uma linguagem pouco convencional para o cinema, incluindo subtitulações a cada capítulo do filme e indicação de elenco e equipe técnica somente no final. A trilha sonora é econômica, porém belíssima, e o silêncio perdura por quase todo o filme. Só é interrompido pelos diálogos marcantes e pela sonorização do abrir e fechar de portas invisíveis além dos sons dos motores dos automóveis e objetos utilizados pelos personagens. Algumas cenas possuem cortes abruptos que inicialmente confundem o expectador, mas com o desenrolar do drama fazem muito sentido. São 177 minutos densos e que propiciam ao expectador sentimentos contraditórios e uma certa ansiedade para compreender o desfecho que cada personagem sofrerá.

Tudo começa com a chegada de Grace (Nicole Kidman) uma linda mulher desconhecida que foge de gangsters e chega no pequeno lugarejo chamado Dogville. Lá ela encontra o escritor Tom Edison (Paul Bettany) que aparenta ser um tipo de líder dos moradores do lugar e um filósofo que analisa o tempo todo a maneira com que as pessoas se relacionam. Como Grace é uma fugitiva os moradores da cidade se reúnem para decidir se ela permanece ou não entre eles e após a argumentação de Tom Edison, eles decidem dar a Grace duas semanas para que ela mostre a todos, ser uma pessoa realmente confiável.

Para ser aceita por todos, Grace inicia sua estadia ajudando todos os moradores da cidade entre eles, um senhor cego que vive sozinho e finge enxergar; uma dona de loja de produtos caros, que vive com suas filhas; uma mulher negra que cuida de sua filha com deficiência física; um casal cujo marido é considerado por todos como inferior intelectualmente por sempre perder no jogo de damas para Tom Edison e sua esposa sempre assediada pelos homens da cidade, uma família formada por várias crianças e um casal em que o homem é um agricultor de maçãs e a esposa uma educadora exigente; um homem que transporta cargas em seu pequeno caminhão e mora numa garagem; uma mulher que vive na igreja à espera de um padre que nunca chegará e que toca piano sem som e badala o sino da igreja, além do pai de Tom Edison um médico aposentado que acredita ser doente mas na verdade não tem nenhum tipo de enfermidade.

Para cada morador Grace presta algum tipo de serviço, arrumando a casa, aconselhando ou tentando fazer o bem. E em troca de sua bondade os moradores não a denunciam a ninguém. O pacto perfeito entre oferta e procura, amizade e bem servir. Passam-se as duas semanas em que ela estava em observação por todos os moradores e numa reunião eles decidem que ela pode continuar em Dogville. Grace se sente acolhida e acredita ter feito novos amigos numa cidade perfeita onde ela tem a missão de fazer as coisas que ainda não foram feitas por ninguém, mas que com certeza precisam ser iniciadas.

A polícia aparece no local procurando a moça desaparecida e com medo da denúncia dos moradores, Grace se submete cada vez mais a servi-los e a cada denúncia as pessoas vão aumentando o seu trabalho e diminuindo seu salário. Os pedidos são gradativamente transformados em exigências e as relações outrora tão afetuosas se transformaram em violência, abusos e mentiras. Os pobres moradores de Dogville mostraram seus dentes e fizeram Grace transitar por caminhos de medo, sofrimento, humilhação e subordinação. Não havia mais fim para o pagamento do silêncio e a subserviência humana era posta em seu limite. Até mesmo Tom Edison por quem Grace acreditava ter um sentimento verdadeiro de amizade e amor, trocou a verdade pela conveniência de manter tudo como estava e manteve a sua liderança sobre aquelas criaturas que mais pareciam cães atrás de seus ossos do que seres humanos com valores éticos.

A triste história de Dogville mostra toda a hipocrisia social onde o ser humano vaidoso, substitui o altruísmo pela barganha mesquinha, em que os sentimentos de crueldade, de frustração, de medo, de inveja e de falsidade perpetuam a desvalorização das relações humanas verdadeiras por trocas materiais e sentimentais que não condizem com o sentido da vida.

Dogville é uma representação micro-social do que acontece em nosso mundo, pelo abuso de poder e pela manutenção de dogmas e valores, que há muito tempo obscurecem a visão humana para a essência do viver em sociedade: cultivar a amizade e o respeito, sem exigir trocas, sem fazer cobranças e principalmente sem esperar pagamentos.


REFERÊNCIA FILMOGRÁFICA - DOGVILLE. Direção de Lars Von Trier. Lions Gate Enterteinment and California Filmes. Dinamarca: 2003. 1DVD (177 min.), color, legendado.


NENHUM A MENOS - O professor de uma escola multiseriada de uma pequena aldeia chinesa chamada Shuiquan tem que se ausentar das aulas para cuidar de sua mãe doente. O presidente da aldeia, por falta de opção, escolhe uma garota de 13 anos chamada Wei Minzhi para substituí-lo nas atividades docentes. Tanto o professor quanto o presidente da aldeia advertem Wei que se ela deixar algum aluno abandonar a escola, deixará de receber seus honorários.

O diretor do filme, Zhang Yimou, ousou na forma de produzi-lo, pois os atores eram pessoas do próprio local, com perfil psicológico similar aos dos personagens e utilizando seus próprios nomes. A história se passa num local extremamente pobre da China, onde permanecer na escola é um grande desafio para as crianças e sua famílias, pois muitas acabam desistindo de estudar para trabalhar na cidade e ajudar na sobrevivência da família.

A instituição de ensino encontra-se numa situação precária, sem recursos, com as instalações prejudicadas por falta de investimento. Os alunos dormem na Escola juntamente com o professor. É um tipo de escola-casa em que as relações educacionais entre alunos e docente acontecem em tempo integral.

A adolescente Wei é pouco mais velha que muitos dos estudantes e se vê numa situação extremamente difícil, pois pouco tinha a oferecer aos seus alunos. Iniciou suas atividades num clima de conflitos e a única coisa que sabia fazer era transcrever textos na lousa para simples cópia.

Nesse ambiente hostil, a garota atravessa situações em que os estudantes colocam a prova sua autoridade e capacidade para lidar com aquele universo complexo. A grande preocupação de Wei era receber seu salário, pois ela se encontrava praticamente na mesma situação de seus alunos. A sobrevivência era o principal, nem que para isso tivesse que usar de autoritarismo.

Para desespero da garota um dos alunos abandona a Escola e vai trabalhar na cidade. Wei percebe que não será recompensada pelos serviços prestados. Decide então trazê-lo de volta a qualquer custo. Mas a situação é tão difícil que ela não tem dinheiro nem para pagar o ônibus até a cidade. É o momento que junto com os alunos, ela começa a traçar estratégias para conseguir o dinheiro da passagem para buscar o menino evadido.

Sua relação com os alunos sofre uma transformação, pois ao discutir as necessidades do grupo para trazer de volta o colega, suas aulas se tornam mais humanas e contextualizadas. Para conseguir o dinheiro eles terão que fazer cálculos do número de dias trabalhados em uma olaria carregando tijolos. É um momento muito especial do filme em que os alunos mostram-se muito interessados em ajudar a solucionar o problema da ausência do aluno. A matemática é o recurso essencial para traçar o plano de ação do grupo e conseguir a quantia necessária para que Wei vá até a cidade. Suas aulas se tornam maravilhosas e com significado.

A personagem de Wei passa por uma renovação atitudinal ao perceber qual é o sentido de trazer de volta um estudante para a escola. Os colegas do menino também sofrem uma transformação profunda quando percebem que existe alguém que se preocupa com eles, no caso a jovem professora.

Evitar que nenhum aluno saia da escola sempre foi o objetivo de Wei, no início por egoísmo, por sobrevivência, e agora por um ideal, por convicção de que a presença do garoto na escola importa muito aos colegas e a ela própria.

O ponto alto da história acontece na cidade, com a chegada de Wei em busca do menino perdido. É um momento em que o expectador compreende o verdadeiro papel de um educador, o esforço para oferecer educação a todos a qualquer custo.

Nenhum a menos é um filme que faz o expectador pensar sobre questões sociais e suas conseqüências na formação educacional das pessoas. Propõe a reflexão sobre o motivo que leva um educador a se envolver com seus alunos e a compreender o seu papel na instituição de ensino. Faz uma crítica aos governos que pouco investem em educação.

Emociona com uma história simples que no início pouco promete, mas que no decorrer envolve pela poesia e realidade colocadas frente a frente numa perspectiva humana renovadora.

MENINOS NÃO CHORAM- Baseado numa história real, o filme de título original “Boys don’t cry” discute a relação que a sociedade americana estabelece com as questões relacionadas ao gênero, e com as opções sexuais não ortodoxas para os padrões conservadores daquele povo. Mostra claramente a criação de esteriótipos bem definidos para os meninos e meninas, fechando as portas para qualquer pessoa que fuja dessa condição. É nesse contexto que a personagem principal é inserida, mostrando como é difícil ser verdadeiro, quando a verdade não é aquela que todos querem ouvir.

Teena Brandon (interpretada por Hilary Swank) é uma garota que luta consigo mesma para assumir sua identidade homossexual. É criticada pela família e vive à margem da sociedade, tentando impor sua masculinidade atrás de roupas e apetrechos que a tornam parecida com um menino. Ela se auto denomina Brandon, um garoto de 21 anos e sonha em se tornar um homem igual aos que conhece, pois sua identidade sexual está dissociada do seu corpo real. Vive cometendo pequenos delitos e brigando em bares com outros rapazes por causa de garotas. Imagina encontrar a parceira certa para viver seu grande amor, mas teme divulgar sua verdadeira imagem. Quase sempre aparenta ser o garoto durão, mas na maioria das vezes, mostra-se frágil e ingênua. Depois de alguns erros cometidos em sua cidade natal, Lincoln, localizada no meio dos Estados Unidos, decide ir para Falls City onde encontra um grupo de amigos que desconhece sua verdadeira identidade. As circunstâncias colocam Brandon em um triângulo amoroso entre Lana (Chloë Sevigny), garota simples e que encontra-se infeliz com a vida que leva ao lado da mãe, e John (Peter Sarsgaard), o amigo boêmio e ex-detento. Todas as pessoas de Falls City se encantam com Brandon e ele se torna um membro da turma de amigos, até descobrirem a sua verdadeira identidade.

Lana sente-se atraída pelas atitudes de Brandon, pois provavelmente nunca tenha sido tão amada e desejada por outra pessoa como acontece nesse momento. Sente-se confusa ao saber que Brandon é Teena Brandon, uma mulher. Mas já está envolvida na situação e completamente apaixonada. A relação de Lara e Brandon é muito mais emocional do que sexual, existe um pacto de lealdade e cumplicidade que as atrai. Sexualmente, o relacionamento das duas é intenso, pois a grande preocupação de Brandon e fazer Lana sentir prazer. Não existe egoísmo ou hierarquia, só existe amor.

John não suporta ser trocado por uma mulher e dá início a uma série de ações para desmascarar Brandon frente à cidade e aos amigos. A mãe de Lara também fica contra a relação das duas e tenta separá-las. A violência contra Teena Brandon é a maneira com que aquela sociedade demonstra o repúdio pelo homossexualismo.

John mata Teena Brandon para mostrar como a maioria das pessoas lida com as diferenças: exterminando aquilo que foge dos padrões de normalidade impostos pela sociedade hipócrita e sem princípios éticos de respeito à vida.


Mas a morte de Brandon não é o fim. É o começo da nova vida de Lana, que não desistiu de seguir seu caminho longe daquela cidade que a aprisionava. Ela aprendeu com Teena (e principalmente com Brandon) que a verdadeira identidade humana não é plausível de rótulos ou de regras.

REFERÊNCIA FILMOGRÁFICA- BOYS DON’ T CRY. Direção de Kimberly Pierce. Fox Searchlight pictures. Estados Unidos: 1999. 1DVD (118 min.), color, legendado.

O Jarro - é um filme sobre doação, sobre ajudar o outro sem esperar alguma coisa em troca, sobre pensar em conjunto para o bem de si mesmo. A história é sobre um jarro de uma escola no deserto do Irã que racha, fazendo com que os alunos tenham que andar até um riacho longe da escola para matar a sede. Enquanto o professor tenta solucionar o caso, sabendo que o pedido ao governo demorará muito para ser atendido, um menino aponta para o pai de seu colega, que poderia consertá-lo. Mas o pai do garoto demonstra má vontade e diz que não tem tempo. Interessante notar o respeito profundo que aquelas crianças nutrem pelo professor, fazendo com que o menino fique com vergonha de voltar à escola no dia seguinte e acabe fugindo. Depois da confusão, o homem decide consertar o jarro, mas exige os materiais: cinza, argila e ovos. Para quem não sabe, a clara do ovo serve de ligadura. Enfim, como as famílias são pobres e um ovo é muitas vezes a refeição do dia, muitos se recusam a doar ovos e ainda fazem fofoca do professor, dizendo que ele quer os ovos para comer. Profundamente decepcionado o professor quase abandona a escola. Até que uma mulher, contrariando o machismo local, decide sair pelas ruas com as crianças pedindo dinheiro e alimentos para poder comprar um jarro novo. Também vira vítima de fofocas, até que seu filho consegue comprar na cidade um jarro, enchendo de alegria os alunos da escola, que não conseguiram o conserto do jarro rachado.

O diretor usou no filme diversos atores amadores e que nunca haviam tido contato com o cinema desde então. Ele fundou o movimento Cinema Livre Iraniano em 1968 e dirigiu o Centro de Cinema do Instituto para o Desenvolvimento Intelectual de Crianças e Jovens por 18 anos, realizando 80 filmes neste período. "O Jarro" não ultrapassou a quantia de U$100.000 e ganhou prêmio de melhor filme em Locarno (Suíça) e na Mostra Internacional de São Paulo.


UMA MENTE BRILHANTE- Ron Howard Russell Crowe e Ed Harris, Vencedor de quatro Oscares da Academia, incluindo o de Melhor Filme

O HOMEM QUE COPIAVA - (2003, Jorge Furtado) Em 1989, Furtado criou um excelente curta-metragem chamado Ilha das Flores. Agora em 2003 ele tenta recriar a Ilha num filme de duas horas de duração.

TERRA EM TRANSE (Glauber Rocha) Ficção, longa-metragem, 35mm, preto e branco, Rio de Janeiro, 1967, "Convulsão, choque de partidos, de tendências políticas, de interesses econômicos, violentas disputas pelo poder é o que ocorre em Eldorado, país ou ilha tropical.

AS INVASÕES BÁRBARAS (Denys Arcand, França/Canadá, 2003.

Temas de Filosofia:

Albergue espanhol, O. Cédric Klapisch (França/Espanha, 2002). Para conseguir emprego, rapaz francês precisa aprender espanhol. Vai a Barcelona fazer curso de um ano de duração, morando em uma "república" de alunos estrangeiros de várias orientações sexuais. Com bastante senso de humor, o filme capta um caldeirão de culturas e identidades, algumas mostradas de forma propositalmente estereotipadas. O principal foco, entretanto, é a necessidade de troca, de tolerância e de adaptação.
Usos: para se discutir diferenças culturais, adaptação a novas necessidades, tolerância; é possível, também, utilizá-lo em questões sobre globalização.

Aos 13. Catherine Hardwicke (Estados Unidos, 2003). Nessa história baseada em fatos reais, uma adolescente de classe média envolve-se com um grupo e muda seu comportamento, que passa a ser marcado pelo uso de drogas, sexo irresponsável e fascínio pelo consumo.
Usos: violência, consumismo.

Balada de Narayama, A. Shohei Imamura (Japão, 1983). Até o século XIX, em algumas aldeias do Japão assoladas pela fome e extrema pobreza, era costume levar os pais idosos para o alto da montanha de Narayama e deixá-los morrer, para diminuir as bocas para a alimentação.
Usos: diversidade cultural, valores.

Batalha de Argel, A. Gillo Pontecorvo (Itália, 1965). História baseada nos fatos da revolução argelina nos anos de 1950, mostra os conflitos entre os militantes da FLN e os moradores franceses (pieds noirs) e a violência das forças francesas que não queriam a libertação da colônia.
Usos: liberdade, política, violência.

Bye, bye, Brasil. Cacá Diegues (Brasil, 1979). Três artistas ambulantes fazem a Caravana Rolidei pelos rincões do Brasil nos quais a TV ainda não chegou.
Usos: globalização, meios de comunicação de massa.

Cabra marcado para morrer. Eduardo Coutinho (Brasil, 1984). O elenco é formado por moradores do Engenho de Galiléia (PE) e Elizabeth Teixeira, viúva de João Pedro Teixeira, líder camponês assassinado por ordem de latifundiários do NE. O diretor iniciou as filmagens e foi obrigado a interrompê-las por ocasião do golpe militar. Retomou-as em 1984, com os mesmos personagens, que dão testemunho dos anos vividos sob o regime militar.
Usos: política, violência.

Caminho para Kandahar. Mohsen Makhmalbaf (Irã, 2001). Jornalista afegã, radicada no Canadá, tenta chegar a Cabul para rever e dar apoio a amiga que, com o regime fundamentalista talebã, está impedida de trabalhar e mesmo de sair de casa. O filme se passa em vilas de refugiados na fronteira do Irã com o Afeganistão. Ao contrário da jornalista, que tem sua vida normal e um trabalho em seu país, os refugiados afegãos são uma massa de pessoas desnorteadas e sem trabalho, buscando ajuda em outros países. As histórias contadas são reais e interpretadas por amadores, embora tenha havido dificuldades grandes para a participação de mulheres e crianças.
Usos: Para se discutir a cultura islâmica fundamentalista, o dogmatismo, as políticas totalitaristas e os Estado religioso. Em ética, há temas interessantes que podem ser desenvolvidos: o lugar da mulher na sociedade; conseqüências da prática de se colocar minas explosivas no chão, deixando uma população de mutilados para trás.

Classe operária vai ao paraíso, A. Elio Petri (Itália, 1971). A trajetória de um operário que, por ocasião de um acidente, descobre a vida sindical.
Usos: trabalho, ideologia.

Coisas belas e sujas. Stephen Frears (Inglaterra, 2002). Imigrantes ilegais sobrevivem em Londres com subempregos. Entre outras críticas a essa "Europa subterrânea", há os que doam o próprio rim em troca de um passaporte inglês para serem legalizados no país.
Usos: globalização, trabalho, alienação.

Destino, O. Youssef Chahine (Egito/França, 1997). Filme sobre o médico e filósofo árabe Averróis, que viveu na Idade Média, responsável pela introdução do estudo de Aristóteles no Ocidente. Quando a obra de Averróis foi ameaçada de ser queimada, a reação foi copiar os manuscritos e levá-la para fora do Islã. O aspecto universal do filme é a crítica às atitudes intolerantes, em que fundamentalistas querem calar vozes divergentes.
Usos: política, filosofia medieval.

Deuses devem estar loucos, Os. Jamie Uys (Estados Unidos, 1980 e 1989). No Deserto de Kalahari, no Botswanna (África), jogam de uma aeronave uma garrafa de Coca-Cola que transtorna a vida dos bosquímanos de uma aldeia. Essa comédia, em suas duas versões, satiriza as dificuldades de se aceitar culturas diferentes.
Usos: cultura, ideologia.

Dirigindo no escuro. Woody Allen (Estados Unidos, 2002). Diretor fica cego no início das filmagens e roda as cenas sem ter idéia do que a câmera está filmando. Do ponto de vista da narração convencional de uma história, o resultado dessa filmagem é bastante absurdo. Entretanto, do ponto de vista do cinema de vanguarda, parece subverter a linguagem convencional, embora isso tenha sido consequência do acaso.
Usos: ótimo para a discussão de como se faz um filme, do papel do diretor, do produtor, cameraman, montador etc. Excelente para se discutir a importância do projeto: o do enredo - narrar uma história em Nova York - é um fracasso. Entretanto, encaixa-se perfeitamente bem dentro de um projeto de vanguarda, em que a coerência não é dada pela narrativa mas pela linguagem usada. Isto fica evidente pelo fracasso de crítica e de público nos Estados Unidos e a aclamação na França. Presta-se, também, para a discussão das funções da arte, tanto do filme que assistimos quanto daquele que está sendo filmado e que não vemos.

2001 - Uma odisséia no espaço. Stanley Kubrick (Inglaterra, 1968). Filme de ficção científica: em uma expedição a Júpiter, para investigar um misterioso monolito negro, o computador HAL 9000 tenta assumir o controle da nave.
Usos: primórdios da hominização, cultura, tecnologia.

Elefante. Gus Van Sant (Estados Unidos, 2003). História ficcional inspirada em fatos reais, ocorridos na escola Columbine, nos EUA, em que dois alunos mataram diversas pessoas e se suicidaram. Ao contrário dos documentários que tentam explicar a gênese da violência entre jovens (como é o caso de Tiros em Columbine, de Michel Moore), o diretor deixa em aberto a reflexão e as conclusões, pois essa tragédia não é fato isolado. Quanto ao título, há quem se lembre da metáfora de cegos que tentam identificar um elefante, só que cada um tem acesso apenas a uma parte do corpo do animal e, portanto, só explica parcialmente a realidade.
Usos: violência.

Em nome de Deus. Peter Mulan (Inglaterra/Irlanda, 2002). Contemplado com o Leão de Ouro do Festival de Veneza, este drama é uma dura crítica à Igreja católica. Os Lares Madalena (referência ao nome da prostituta que se arrepende aos pés de Cristo), na Irlanda, recebiam moças que perdiam a virgindade antes do casamento, mesmo que por estupro de parentes, e todas sobre as quais pairassem alguma dúvida de ordem moral. Os lares eram dirigidos com mão de ferro por freiras que acreditavam no poder regenerador da disciplina, da penitência, das orações e do trabalho forçado - com fins lucrativos, nas lavanderias dos conventos. Baseado em história real (o último lar foi fechado em 1996!), é um filme sensível que serve de alerta a todo tipo de dogmatismo, e à cumplicidade das instâncias sociais (no caso, a família e a Igreja) para manter uma fachada de falsa moralidade.
Usos: neste filme, fica evidente a distância entre pregar valores morais e viver cotidianamente de acordo com os valores em que se acredita - ou seja, as diferenças entre o discurso e a ação; fica igualmente evidente a força da ideologia para legitimar certas situações que, de outra forma, seriam inadmissíveis para qualquer consciência. Presta-se ainda para a discussão sobre machismo, tortura e, infelizmente pelo lado negativo, a afetividade nas relações familiares.

Encantadora de baleias, A. Niki Caro (Nova Zelândia, 2003). Baseado em uma lenda maori, sobre o herdeiro masculino, esperado para liderar sua gente, a diretora constrói um filme sobre relações familiares e o amor. O menino morre no parto, com a mãe e a irmã gêmea tem de demonstrar ao avô que tem qualidades de líder.
Usos: para ilustrar valores de outras culturas, preconceito e a situação da mulher em certas culturas, discutir mitos de origem, afeto nas relações familiares e amor.

Fahrenheit 9/11. Michel Moore (Estados Unidos, 2004). Após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos EUA, esse polêmico documentário analisa as figuras do presidente norte-americano George W. Bush e suas ligações com a família do terrorista Osama Bin Laden. Entremeando discursos a fatos reais, desenha um perfil do presidente nada favorável: acusa-o de ter manipulado a eleição e de invadir o Iraque com interesse no petróleo. E de ter manipulado o povo americano exacerbando nele o medo coletivo ao terror.
Usos: política, violência, ideologia.

*#8226; Forall: o trampolim da vitória. Luiz Carlos Lacerda e Buza Ferraz (Brasil, 1997). A história se passa em 1943, época em que os Estados Unidos construíram uma base militar, chamada Parnamirim, em Natal (RN), para defender a costa do Atlântico Sul contra os países do Eixo, na Segunda. Guerra Mundial.
Usos: O contraste das culturas americana e nordestina e o impacto da presença de 15 mil soldados americanos são muito grandes. É possível ver a mudança de valores, dos desejos e das esperanças da população local, possibilitando discussões sobre valores éticos e culturais.

Fraternidade é vermelha, A. Krzysztof Kieslowski. (França, Polônia, Suíça, 1994, trilogia). Após atropelar um cachorro, uma modelo o devolve ao dono, um juiz aposentado, solitário e nada afável, que espiona seus vizinhos. De alguns contatos nasce uma amizade. Um dos filmes que compõem a trilogia com as cores da bandeira da França. Os outros dois são: A liberdade é azul e A igualdade é branca).
Usos: Afetividade, amizade.

Gaijin, caminhos da liberdade. Tizuka Yamasaki (Brasil, 1980). Mostra a cultura dos imigrantes japoneses que vieram trabalhar na lavoura, em grandes fazendas, no início do século XX. As diferenças culturais entre japoneses, imigrantes italianos e brasileiros ficam bem evidenciadas.
Usos: em ética, é possível discutir a diversidade de valores culturais; em política, a organização do trabalho no campo, e o anarquismo trazido pelos imigrantes italianos.

Gandhi. Richard Attenborough (Inglaterra, 1982). A vida e a luta de Gandhi para libertar o país do domínio inglês serve para expressar a filosofia pacifista desse líder político e espiritual.
Usos: política, violência e concórdia (sobre pacifismo).

Giordano Bruno. Giuliano Montaldo (Itália, 1973). História verídica da vida de Giordano Bruno, filósofo, astrônomo e matemático, condenado à morte na fogueira pela Inquisição, em 1600. Suas teorias da infinitude e da multiplicidade dos mundos contrariava a teoria geocêntrica de um Universo finito, aceita pela Igreja.
Usos: conhecimento científico, política, violência, intolerância.

Grito de liberdade, Um. Richard Altenborough (Inglaterra, 1987). Nos anos de 1970, o jornalista Woods faz amizade com Biko, militante dos direitos humanos dos negros na África do Sul. Quando Biko é assassinado na prisão, Woods é ameaçado por divulgar sua história e as atrocidades cometidas contra os negros.
Usos: liberdade, discriminação, ideologia.

Guerra do fogo, A. Jean Jacques Annaud (França/Canadá, 1981). Tribos pré-históricas se confrontam pela posse do fogo.
Usos: cultura, condição humana, processo de hominização.

História oficial, A. Luis Puenzo (Argentina, 1985). Na Argentina dos anos 1980, uma jovem retorna do exílio imposto pelo regime militar e relata para a amiga os horrores da ditadura.
Usos: política, violência, ideologia.

Kids. Larry Clark (Estados Unidos, 1995). História de adolescentes dos subúrbios de Nova York que consomem drogas e não praticam sexo seguro.
Usos: violência.

Kill Bill. Quentin Tarantino (Estados Unidos, 2003). Infindável e violenta história de vingança de uma moça traída por seu grupo.
Usos: além da evidente questão da violência, pode-se levantar algumas questões éticas sobre o estágio moral das personagens, da premeditação e as conseqüências possíveis da ação que, curiosamente, não estão presentes em momento algum. Em Artes, é um bom exemplo de filme comercial, interessante por fazer uso também da linguagem da animação e do recurso do preto e branco quando a violência se torna chocante demais. Há referências a várias cinematografias: os filmes de capa e espada, os de faroeste e os de artes marciais feitos em Hong Kong. A classificação etária é para os 18 anos, em virtude da violência.

Lamarca. Sérgio Rezende (Brasil, 1994). Inspirado no ex-capitão Lamarca que, em 1969, durante a ditadura brasileira, desertou do Exército para atuar em grupos clandestinos da esquerda armada.
Usos: política, guerrilha e repressão na ditadura brasileira.

Laranja mecânica. Stanley Kubrick (Inglaterra, 1971). Baseado em livro de Anthony Burgess, o filme trata da violência praticada por jovens deliqüentes. Quando preso, o líder do bando é submetido a processo psicológico de condicionamento para conter seus impulsos agressivos. É interessante discutir não só a violência dos jovens, como a do "tratamento" imposto: seria válido modelar impulsos à revelia da autonomia do indivíduo?
Usos: violência, liberdade, dignidade humana, construção do sujeito moral.

Lisbela e o prisioneiro. Guel Arraes (Brasil, 2003). O enredo dessa comédia romântica - baseada em obra de Osman Lins, sobre as peripécias do malandro Leléu ao percorrer pequenas cidades do nordeste e seu romance com Lisbela - quase não tem importância pois é bastante previsível. O importante é como a história é contada, entremeada por cenas e personagens de filmes norte-americanos, de histórias e tipos do cenário nordestino. É um filme divertido que discute a própria linguagem do cinema.
Usos: os meios de comunicação de massa, principalmente a influência que os filmes e a TV podem ter nos valores de culturas locais; a linguagem cinematográfica; e a pluralidade cultural, nas inúmeras referências à cultura nordestina.

Marvada carne, A. André Klotzel (Brasil, 1985). É um filme divertido sobre a cultura caipira, por onde passam várias figuras de mitologia brasileira como o Saci, o Tinhoso, a Corrupira.

Nhô Quim chega à casa de Sá Carula, seguindo seu desejo de comer carne de boi. A moçoila, vendo atendidos seus pedidos a Santo Antônio, faz de tudo para convencê-lo a se casar com ela. Depois de muitas provas, e na esperança de que haveria carne de boi na festa de casamento, nhô Quim aceita. Depois de consumarem o fato, ele descobre que o boi era uma lenda. Então faz um trato com o diabo para conseguir dinheiro para ir para a cidade, onde depois de algumas peripécias, consegue realizar seu sonho.
Usos: para a produção do filme foram feitas extensas pesquisas sobre a vida e a cultura da roça, incluindo as técnicas construtivas (pau-a-pique), as crendices, as tradições religiosas e as expressões lingüísticas, que tornam o filme excelente para a discussão tanto sobre valores culturais e cultura popular quanto para fazer a comparação entre a cultura regional e a globalizada.

Matrix. Larry Wachowski e Andy Wachowski (Estados Unidos, 1999, trilogia). O filme trata da relação entre o mundo real e o mundo virtual: um personagem descobre que computadores criam a ilusão de uma realidade que de fato não existe. Nesse e nos outros dois filmes da trilogia, Matrix reloaded e Matrix revolution, há diversas referências a filósofos, como Sócrates e Platão e o mito da caverna.
Usos: conhecimento, ciência, tecnologia, ficção científica e mundos virtuais, alienação. Em Matrix, os segredos da produção (make-off do filme), diversos processos da elaboração de filmes podem ser analisados.

Memórias do cárcere. Nelson Pereira dos Santos (Brasil, 1983). Baseado no livro homônimo e auto-biográfico de Graciliano Ramos, escritor e militante comunista preso em 1935 durante a ditadura de Vargas.
Usos: política, violência, intolerância.

Mestre da estação. Thomas McCarthy (Estados Unidos, 2003). A surpreendente história da construção de laços de amizade entre uma divorciada, um anão e um rapaz "cabeça de vento".
Usos: valores morais, tolerância, convivência com as diferenças, afetividade (amor e amizade).

Narradores de Javé. Eliana Café (Brasil, 2003). Pequena cidade do interior da Bahia vai ser inundada pelas águas de uma represa. Para escapar desse destino, os habitantes decidem recolher as histórias do povoado para fundamentar o pedido de tombamento da cidade como patrimônio histórico nacional. As histórias contadas são filtradas pelo escrevinhador oficial do lugar, cuja qualificação era ter trabalhado nos Correios. O filme integra atores profissionais e a população local que, de alguma forma, passa a ter voz e a se ver representada no cinema.
 Usos: boa oportunidade para se discutir identidade, memória, patrimônio cultural; cultura popular na arte de contar histórias ou "causos" . Isto chama nossa atenção para o grande projeto do cinema e levanta a questão: há um modo brasileiro de contar histórias por meio do cinema?

Na montanha dos gorilas. Michael Apted (Estados Unidos, 1988). História verídica da antropóloga Dian Fossey que em 1967 instalou-se em Ruanda para preservar uma espécie de gorilas ameaçada de extinção. Ela era contra transformar o local em atração turística.
Usos: globalização, ética aplicada, ciência.

Nome da rosa, O. Jean Jacques Annaud (Itália, França, Alemanha, 1986). Baseado no livro homônimo de Umberto Eco, apresenta a reconstituição histórica e cultural do ambiente em uma abadia medieval. O enredo gira em torno de um monge franciscano que é chamado para desvendar uma série de crimes. Além do suspense, retrata a intolerância religiosa, as heresias, o confronto de poder entre imperador e papa, a oposição entre a visão científica dos franciscanos e o restante da Igreja conservadora.
Usos: ciência, política.

Promessas de um novo mundo. Carlos Bolado, Justine Shapiro e B. Z. Goldberg (França, 2003; documentário). Importantíssimo para se compreender a permanência da situação de guerra entre israelenses e palestinos. Por meio de entrevistas de crianças israelenses e palestinas entre 7 e 11 anos de idade, os documentaristas flagraram os preconceitos aprendidos com os pais desde tenra idade e que permanecem na vida adulta. Os filhos de radicais, de ambos os lados, se mostram dogmáticos e inflexíveis; os filhos de liberais conseguem dialogar em encontro promovido pelos cineastas.
Usos: em política, mostra como um conflito por terras é mascarado em conflito religioso, pois valores da religião tradicional são mais facilmente defendidos, sem que as ações precisem de uma justificativa ética. A construção de radicalismos é bastante evidente, prestando-se para discutir dogmatismo, preconceito e intolerância. No encontro entre as crianças dos dois lados, o diálogo e o conhecimento da realidade individual indicam caminhos de superação do radicalismo.

Quarto poder, O. Costa Gravas (Estados Unidos, 1997). Após um agente de segurança fazer diversos reféns, inclusive de crianças, no museu do qual fora demitido, um jornalista aproveita a ocasião para recuperar o prestígio perdido na sua emissora, tornando-se intermediário entre o seqüestrador e a polícia. O filme favorece a discussão sobre o poder da mídia e os limites da ética jornalística.


Quatrilho, O. Fábio Barreto (Brasília, 1994). Quatro jovens se unem em matrimônio em 1910, em uma colônia italiana no interior do Rio Grande do Sul, e partem para uma dura vida no campo, com o plantio de milho, trigo e uva, o trabalho em cooperativa e o doméstico. Toda a região mantém os costumes e as tradições do campesinato italiano, tanto nas construções, na fala, na culinária e nos hábitos cotidianos. Entretanto, essas tradições são quebradas quando o homem de um dos casais e a mulher do outro se apaixonam e resolvem fugir juntos. Interessante ver a pressão da Igreja e da sociedade sobre os que ficaram e acabaram assumindo uma vida juntos.
Usos: apropriado para levantar questões sobre afetividade: paixão, amor, amizade, casamento; envolve também questões culturais e políticas: o modo de trabalho no campo e o poder das cooperativas.

Queimada. Gillo Pontecorvo (França/Itália, 1969). No século XIX, representante inglês vai para ilha do Caribe sob domínio português para incentivar uma revolta e favorecer os negócios da Coroa Inglesa. Dez anos depois, retorna para depor quem colocara no poder, porque o novo momento econômico exige um outro quadro político. A história é ficcional.
Usos: política, violência, ideologia.

Quilombo. Cacá Diegues (Brasil, 1984). Esse filme, que recebeu prêmio no Festival de Cannes de 1984, trata da resistência de Zumbi e dos quilombolas de Palmares às forças federais que os dizimaram.
Usos: política, violência, discriminação, ideologia

• Quinta estação, A. Rafi Pitts (Irã/França, 1997). Em um isolado vilarejo no Irã, duas famílias são inimigas há tanto tempo que nem mais se recordam do motivo inicial. Mas continuam encontrando motivos mínimos para darem continuidade ao ódio. Um casamento é arranjado entre membros das famílias a fim de reuni-las. Entretanto, o noivo desiste no último momento, alegando ofensas passadas. A situação só piora quando ele traz um ônibus para ligar o vilarejo à cidade, fazendo concorrência ao irmão da noiva, que fazia o percurso em carroça. A noiva arquiteta um sem número de vinganças, até o dia em que o rapaz não retorna ao vilarejo com o ônibus. Todos se reúnem e partem em sua busca, em um momento de solidariedade.
São usados close ups do rosto das mulheres, o que é incomum no cinema iraniano. Outro aspescto que se pode observar é o uso de hejabs (lenços de cabeça) coloridos, como foram usados em Gabeh, contrastando com o negro exibido na cinematografia iraniana do período.
Usos: análise da cultura islâmica, valores da família versus afetividade, valor comunitário da solidariedade que se sobrepõe aos outros no momento de real dificuldade e perigo.


Sacco e Vanzetti. Giuliano Montaldo (Itália, 1971). Filme baseado em fato verídico, ocorrido nos EUA: em 1921, dois imigrantes italianos acusados injustamente de assassinato foram condenados à morte. O motivo principal se devia ao fato de que eles se declararam anarquistas.
Usos: política, violência, liberdade.

• Segunda-feira ao Sol. Fernando Leon de Aranoa (Espanha, 2003). Um grupo de amigos desempregados se encontra todos dias em um bar. O filme mostra como cada um vive seu drama particular.
Usos: trabalho, ideologia.

Shrek. Andrew Adamson e Vicky Jenson (Estados Unidos, 2004; animação). Uma história de amor entre uma princesa, Fiona, e um ogro, Shrek. O filme, que teve desdobramentos em outras películas, é uma grande sátira ao mito do Príncipe Encantado.
Usos: unindo mito e afetividade, amor, amizade, relações familiares, valores culturais e morais, é um material que proporciona ao mesmo tempo diversão e temas para discussão em aula.


Show de Truman - O show da vida, O. Peter Weir (Estados Unidos, 1998). Apenas ao chegar à idade adulta, personagem descobre que sua vida não é "real" e todos que o cercam são coadjuvantes de uma história que é "assistida" o tempo todo por espectadores de TV. O nome Truman representa uma ironia com a expressão inglesa true man (homem verdadeiro).
Usos: mídia, propaganda, reality shows, invasão de privacidade e também a questão da preservação da identidade nas relações com os outros e diante da influência dos meios de comunicação de massa.

Sonhos. Akira Kurosawa (Japão/Estados Unidos, 1990). Filme de extrema beleza plástica, composto por oito "sonhos" em que diversos valores são tangenciados: o respeito à vida, aos seres humanos; reflexões sobre a morte, a desobediência, a imaginação mítica e a arte; a crítica à guerra e à devastação do meio ambiente.
Usos: valores, moral, arte, violência.


Tiros em Columbine. Michael Moore (Estados Unidos, 2002; documentário). Documentário em que o diretor entrevista pessoalmente pessoas de diversas cidades, constatando o gosto dos norte-americanos pelas armas de fogo e a facilidade em se adquiri-las. No entanto, surpreendem-se com diversas tragédias, tais como a ocorrida em 1999 na escola Columbine, no Colorado, em que dois adolescentes mataram diversos colegas e um professor, deixando ainda muitos feridos e suicidando-se em seguida. É um mergulho nas causas prováveis da violência indiscriminada e gratuita, principalmente sobre a facilidade da compra de armas e de munição em qualquer loja, até por menores de 18 anos.
Usos: Excelente modo de se iniciar a discussão sobre violência, controle da raiva, diferenças entre o que se sente e se deseja e o que se pode realizar.


Todos os homens do presidente. Alan J. Pakula (Estados Unidos, 1976). Baseado no caso Watergate, ocorrido nos Estados Unidos, em 1972. Após a descoberta da tentativa de se instalar aparelhos de escuta ilegal na sede do Partido Democrata, dois jornalistas do Washington Post conseguiram relacionar o fato ao presidente Richard Nixon, o que culminou com sua renúncia. A influência da mídia foi decisiva, o que nos leva a refletir sobre o seu poder de eleger governantes ou provocar sua renúncia. No entanto, há quem diga que a notória simpatia do jornal pelos democratas é que teria justificado o empenho dos jornalistas na investigação, o que nos encaminha para outro aspecto da reflexão.
Usos: política, meios de comunicação de massa, ética jornalística.


Último samurai, O. Edward Zwick (Estados Unidos, 2003). Em 1776, um capitão americano, herói da Guerra Civil, vai para o Japão, com a missão de treinar as tropas do Imperador para combater os samurais contrários ao programa de modernização do país. Isso envolvia, também, um contrato de compra de armas de fogo dos Estados Unidos. Capturado por um dos samurais, o capitão tem a oportunidade de viver em uma comunidade japonesa que cultiva os valores da cultura tradicional, que estão desaparecendo. Após uma série de desencontros, aproveita a oportunidade para compreender o ponto de vista do seu captor, aprende a língua e a arte do combate corpo-a-corpo, estabelecendo laços afetivos com a comunidade e conquistando o seu respeito.
Usos: não deixa de ser um filme de "mocinho e bandido", em que os lados do bem e do mal são muito bem definidos. Mas pode ser útil para se discutir os vários aspectos da cultura, as dificuldades de se compreender culturas muito diferentes, o desaparecimento da cultura tradicional quando esta não mais responde às necessidades e anseios de um grupo. Do ponto de vista ético, e possível discutir a moral dualista e maniqueísta, em que bem e mal não se comunicam.


Vento será sua herança, O. Daniel Petrie (Estados Unidos, 1999). Sobre o processo contra o professor John Thomas Scopes, do Estado de Tennessee, em 1925, acusado de ensinar a teoria da evolução em uma escola pública. Refilmagem do clássico homônimo de 1960, dirigido por Stanley Krames. O tema é atual, já que ainda há escolas que ensinam o criacionismo.
Usos: conhecimento científico, política, intolerância.


Vida de David Galé. Alan Parker (Estados Unidos, 2003). Professor de filosofia de uma universidade do Texas, ativista contra a pena de morte, ironicamente se encontra no corredor da morte, acusado de ter estuprado e matado cruelmente uma colega professora, que sofria de leucemia. Quatro dias antes de sua execução, chama repórter de televisão para contar sua história e pedir-lhe que descubra a verdade a fim de ter seu nome reabilitado perante o filho. O filme é sobre o paulatino desenrolar da história e a busca pela "verdade". O final é surpreendente.
Usos: em teoria do conhecimento, presta-se para uma boa discussão sobre verdade e interpretação. Em ética, percebe-se o ser movido pela paixão e por idéias; e o uso da pessoa como meio e não como fim.


Vinte dez. Francisco Cesar Filho e Tata Amaral (Brasil, 2001; documentário). Discute a cultura jovem e a influência de elementos da, cultura afro norte-americana como hip-hop, break, rap, funk e o modo de vida dos DJs e dos grafiteiros em Santo André (SP).. Jovens de 14 a 18 anos atuam para transformar o futuro imediato de suas comunidades.
Usos: apresenta muitos aspectos da cultura jovem contemporânea para serem discutidos: quais os valores presentes? Como elementos culturais estrangeiros são adaptados e incorporados. É, também, uma ótima introdução à questão da democracia e do papel da sociedade civil na transformação da sociedade.


Z. Baseado em fatos verídicos, o assassinato de um deputado grego esquerdista em 1963, incidente que culmina quatro anos depois com o golpe militar que implantou a ditadura na Grécia. O filme é um libelo contra os Estados ditatoriais.
Usos: política, violência.

Doze homens e Uma Sentença – Justiça, ética, prudência – O diálogo como instrumento para explicitar os elementos subjacentes à compreensão dos fatos. A tentativa de formar uma comunidade de investigação, que passa por conflitos como a argumentação, acomodação, interesses, valores e ponto de vista.

Advogado do Diabo – Prudência, ética.

Regras da Vida – adoção e aborto

Regras do Jogo – matar ou morrer

O Informante – ética profissional

Patch Admas – O amor é contagioso – medicina e valorização do ser humano

Forrest Gamp – O Contador de Histórias – o sentido da vida, moral, inocência

A Cura – AIDS, preconceito, amizade

A Vida é Bela - fantasia

A Experiência – manipulação genética do ser humano

À espera de um milagre – fé, racismo, bondade, pena de morte

O Monstro – aparência X essência

O filósofo, três mulheres e o amor – Alemanha, 1988. Comédia sobre a relação entre a razão e a paixão.

Gattaca – A Experiência Genética – seres geneticamente perfeitos, criados em laboratórios, refletem o mundo da exclusão social.

O advogado dos cinco crimes – ética profissional

Erin Brokovich – Uma Mulher de Talento – poluição do ambiente pelo homem

Hurricane – O Furacão – racismo, valores morais, ética, fé, coragem

Verdades que matam- EUA, 1982. Influência dos comunicadores de rádio e televisão.


Filme Ficção Científica


Blade Runner - O caçador de Andróides - O que define a condição humana: a inteligência ou os sentimentos?


De volta para o futuro - Brincando com o tempo


E.T., O extraterrestre - Um clássico da ficção científica


Jurassic Park - Até que ponto o homem pode modificar a natureza impunemente?


Matrix - O domínio das inteligências artificiais sobre a espécie humana


Matrix Reloaded - O domínio das inteligências artificiais sobre a espécie humana, segunda parte


Antes da chuva - O conflito étnico na região dos bálcãs


Cinema Paradiso (Nuovo Cinema Paradiso) - 1992- O cinema é o ator principal deste belo filme. É o local de encontro para os moradores da pequena Montecaldo, onde tudo acontece: brincadeiras, namoros, sexo. É também, para eles, a porta de contato com o mundo exterior, ampliando - por meio da informação, da fantasia e das emoções compartilhadas - seus horizontes. E é por ter essa visão ampliada que Alfredo - o projecionista do único cinema da cidade - aconselha o jovem Totó, seu sucessor, a sair da cidade e a não voltar.

Alfredo, provavelmente, não quer que Totó se limite a "assistir" a vida passar, mas que se aventure a experimentar seus próprios desafios. No entanto, apesar do pequeno Totó ter se transformado no bem-sucedido cineasta Salvatore Di Vitto, sua vida não aparenta ser mais interessante do que a de Alfredo. Parece lhe faltar um pedaço. Na seqüência final do filme, pode ser que a consciência do que lhe falta tenha sido resgatada pelo presente que Alfredo lhe deixou.

Mamãe faz cem anos -Uma poderosa metáfora da Espanha pós-Franco - O filme mostra a história de uma família espanhola reunida para comemorar os 100 anos da matriarca. É rico de significados e permite várias leituras. Além do conflito psicológico e existencial dos vários personagens, suas paixões, frustrações e ambições, logo no início, a neta já nos dá uma pista do que irá acontecer ao fazer uma referência aos Irmãos Karamazov, de Dostoievski, cujo patriarca da família é assassinado por um de seus filhos. Existe por trás desse drama, uma clara alusão à história espanhola no último século. Uma história marcada por profundos traumas, na qual a intolerância gerou a violenta e fraticida guerra civil. E, em seguida, a longa ditadura fascista do general Franco, de triste memória. O filme foi rodado em 1980, cinco anos apenas da morte do general, quando a redemocratização dava seus primeiros e inseguros passos em direção ao futuro e à liberdade, dando início ao renascimento e sucesso da Espanha dos nossos dias.

Terra de ninguém - O conflito entre bósnios e sérvios, retratado na relação entre dois soldados inimigos


Cinema Nacional

A hora da Estrela - "A história de uma inocência pisada, de uma miséria anônima" (Clarice Lispector)


A Marvada Carne - Um painel bem-humorado da cultura caipira paulista


A terceira margem do rio - Uma outra dimensão da vida


Abril despedaçado - Um filme que emociona e faz pensar


Cabra marcado para morrer - Um olhar sobre a história recente brasileira


Carandiru - Relato de um médico do dia-a-dia na Casa de Detenção de São Paulo


Carlota Joaquina, Princesa do Brasil - Um retrato da história do Brasil


Central do Brasil - A amizade entre um menino e uma professora


Cidade de Deus - Tráfico, violência e as perspectivas da juventude marginalizada no Brasil


Como nascem os anjos - A marginalidade entre a juventude brasileira


Cronicamente inviável - Um consistente retrato da realidade brasileira


Feliz Ano Velho - O processo de reaprender a viver


Guerra de Canudos - Um exemplo real de organização comunitária


Hans Staden - O relato de um sobrevivente dos Tupinambás


Independência ou morte - "Ouviram do Ipiranga às margens plácidas."


Jango - Populismo, nacionalismo, comunismo?


Jânio a 24 quadros - Seria cômico se não fosse trágico


Macunaíma - O herói sem nenhum caráter


Memórias do cárcere - A repressão e o arbítrio da ditadura Vargas


Memórias Póstumas - O questionamento filosófico a propósito do sentido da vida


O Auto da Compadecida - Sátira à sociedade nordestina


O cangaceiro - O sertão nordestino, sem contradições


O cortiço - Um vasto painel da sociedade marginalizada carioca no século XIX


O país dos tenentes - Que país é este?


O Primo Basílio - Crítica aos comportamentos da sociedade portuguesa do século XIX


O que é isso, companheiro? - Relato de um seqüestro político, do ponto de vista de um dos seqüestradores


Os anos JK - Nonô, o presidente bossa nova


Pixote, a lei do mais fraco - O drama do menor abandonado


Pra frente Brasil - Uma descida aos infernos do país do "milagre econômico"


Quilombo - A república utópica de Zumbi dos Palmares: um Brasil negro dentro de um Brasil branco


Revolução de 30 - A luta pela modernidade brasileira


São Bernardo - Até que ponto as pessoas podem ser afetadas por suas dificuldades de relacionamento


Sonhos Tropicais - A saga de Oswaldo Cruz: uma história do Brasil no início do século XX


Terra estrangeira - Sonhos desfeitos no Brasil dos anos 90


Xica da Silva - A primeira dama negra na exuberante Minas Gerais

Filme Ético


O Quarto Poder - O questionamento ético do profissional da imprensa


Filme - Questões sociais


Beleza Americana - Uma tragédia moderna


Kolya - Como o relacionamento entre as pessoas pode modificá-las


Kramer vs. Kramer - Uma reflexão sobre os papéis da mulher e do homem na família tradicional


O Filho da Noiva - Uma história de reencontro com a vida


Parente... é serpente - A hipocrisia nas relações familiares


Violência e Paixão - Decadência e crise na civilização ocidental


Filmes – Inclusão

À primeira vista – EUA, 1999. Direção: Irwin Winkler. Versão romanceada, o filme mostra as mudanças na maneira como Virgil se orientava no espaço antes e depois da cirurgia.

Filhos do Silêncio - EUA, 1986. Direção de Randa Haines. No contexto de uma escola especial, o professor busca envolver uma aluna surda no seu próprio processo de reabilitação. O filme realiza uma crítica ao oralismo, apresentando a perspectiva do aluno surdo e o seu desejo por respeito pela opção de não vocalizar.

Janela d’alma – Brasil, 2002. Direção de João Jardim e Walter Carvalho. O filme é um documentário sobre o olhar.

A língua das mariposas – Espanha, 1999. Direção de José Luis Cuerda. O filme passa no período do golpe franquista, numa região rural da Espanha.

A maçã – Irã, 1989. Direção de Samira Makhmalbaf ( 18 anos ). Documentário com drama. Duas irmãs gêmeas vivem trancafiadas em casa, para que a mãe, cega, pudesse proteger as filhas.

A música e o silêncio - Alemanha, 1996. Direção de Caroline Link. Como acontece a interação na família, quando os pais são surdos e os filhos não.

O nome da Rosa – Itália/Alemanha/França, 1986. Direção de Jean-Jacques Annaud. Tratamento dispensado aos deficientes na era medieval.

O piano – Nova Zelândia/França, 1993. Direção de Jane Campion. Uma viúva inglesa muda, viaja com sua filha para Nova Zelândia para se casar com um fazendeiro, que não aceita que ela toque piano

Som e fúria – EUA, 2000. Direção de Josh Aronson. Conflito vivido por duas famílias na decisão de fazer um implante coclear em seus filhos.


SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS - Quando o carismático professor Keating chega com seus modernos métodos de ensino a um colégio conservador, acaba despertando em seus alunos um novo questionamento, uma nova forma de vida.

O filme provocou no mundo todo um forte impacto nas relações entre pais e filhos e entre professores e alunos.


COM MÉRITO - Para um dos estudantes da universidade de Harvard, a única preocupação era terminar sua tese e se graduar com louvor, até que um dia deixou pelo destino, o trabalho mais importante da sua vida cair nas mãos de um mendigo, que lhe mostrou que as lições mais importantes da vida não podem ser encontradas apenas nos livros."Eles achavam que sabiam tudo, até que um dia um homem extraordinário mudou nossas vidas".


PATCH ADAMS - Baseado numa história real, um médico que não parece, não age e não pensa como qualquer médico. Para Patch o humor é o melhor remédio e ele está disposto a quase tudo para fazer seus pacientes rirem , até mesmo colocar em risco sua carreira. É uma história educativa, comovente, que transcende a comédia tradicional.


UMA MENTE BRILHANTE- Baseado no livro A Beautiful Mind: A Biography of John Forbes Nash Jr., de Sylvia Nasar. O filme conta a história real de John Nash que, aos 21 anos, formulou um teorema que provou sua genialidade. Brilhante, Nash chegou a ganhar o Prêmio Nobel. Diagnosticado como esquizofrênico pelos médicos, Nash enfrentou batalhas em sua vida pessoal, lutando até onde pôde. Como contraponto ao seu desequilíbrio está Alicia (Jennifer Connelly), uma de suas ex-alunas com quem se casou e teve um filho.

DUELO DE TITÃS - Nos anos 70, numa cidade da Virgínia, a justiça determinou que as escolas deveriam promover a integração entre brancos e negros. Cumprindo a norma, a escola T.C. Williams substituiu o treinador de futebol americano Bill Yoast, branco, por Herman Boone, negro. Além de não ser bem recebido, o novo treinador tem que lidar com jovens que estão juntos pela primeira vez e que, por preconceito racial, não se dão bem. Mais do que o esporte, o racismo é o maior desafio que Boone enfrenta para levar o time adiante.


O CLUBE DO IMPERADOR - Baseado no texto The Palace Thief, de Ethan Canin, O Clube do Imperador conta a história de William Hundert, um professor apaixonado pelo trabalho que tem sua vida pacata e controlada totalmente mudada quando um novo estudante, Sedgewick Bell, chega à escola. Porém, o que começa como uma terrível guerra de egos acaba se transformando em uma profunda amizade entre professor e aluno, a qual terá reflexos na vida de ambos nos próximos anos.

Aprendiz de sonhador: Direção: Lasse Hallström, Estados Unidos/ 1993- A história se passa numa cidadezinha de interior idílica, onde vive Gilbert Grape, um adolescente aparentemente comum (Depp) que sustenta a família desde a morte do pai. O peso não é para qualquer um: além das irmãs excêntricas, do irmão deficiente mental (Leonardo DiCaprio), inclui a mãe obesa, que não pára de comer desde a morte do marido. Mas a chegada de uma jovem forasteira (Juliette Lewis) dará a Gilbert, a possibilidade de pela primeira vez fazer suas escolhas.

Forrest Gump, o contador de histórias/ Direção: Robert Zemeckis, Estados Unidos/1994 Forrest Gump (Tom Hanks) é um jovem problemático, de QI bem inferior ao resto da população. Por conta do acaso, ele participa dos fatos mais importantes da história dos Estados Unidos em um período de 40 anos.

Rain Man, Direção: Barry Levinson, Estados Unidos/ 1988, quando o pai de Charlie Babbitt (Tom Cruise) morre, ele deixa uma fortuna em dinheiro para um irmão autista (Dustin Hoffman) que ele desconhecia ter. Os dois então viajam pelo país conhecendo-se e aprendendo a conviver, passando, claro, por inúmeras dificuldades. Vencedor do Oscar de Melhor Filme.

Meu filho, meu mundo, Direção: Glenn Jordan, EUA/ 1979, quando nasceu, Raun era um saudável e feliz bebê. Com o passar dos meses, seus pais começam a observar que há alguma coisa estranha com ele, sempre com um ar ausente. Um dia vem a confirmação do que suspeitavam… Raun era autista. Decidem então penetrar no mundo da criança, acreditando que somente o milagre do amor poderia salvá-lo.

Código para o inferno, Direção: Harold Becker, Estados Unidos/ 1998, Art Jeffries (Bruce Willis), um renegado agente do FBI, combate inescrupulosos agentes federais para proteger Simon, um garoto autista de 9 anos, que desvendou um “indecifrável” código secreto. Ele consegue ler o Mercury, um avançado código criptográfico do governo americano, tão facilmente, quanto outros garotos lêem inglês. Essa habilidade, torna vulnerável esse código de 1 bilhão de dólares, especialmente se os inimigos do governo descobrirem Simon e o capturarem. Nick Kudrow (Alec Baldwin), chefe do projeto Mercury, ordena que a “ameaça” seja eliminada, sem imaginar que Jeffries está envolvido. Perseguido por assassinos implacáveis, Jeffries logo percebe que não pode confiar em ninguém. Agora o tempo está correndo e ele descobre que a única chance de sobreviver é usar a habilidade de Simon para levar seus adversários à justiça.

Loucos de amor, Direção: Petter Naess, EUA/ 2005, comédia romântica inspirada na vida de duas pessoas com a Síndrome de Asperger, uma forma de autismo, cujas disfunções emocionais ameaçam sabotar seu recém-iniciado romance. Donald é um cara legal, porém um motorista de táxi sem sorte que ama os pássaros e tem uma habilidade fora do comum com os números. Como muitos portadores da Síndrome, ele gosta de padrões e rotinas. Mas quando a bela, mas complicada Isabelle se junta ao seu grupo de ajuda aos autistas, sua vida - e seu coração - ficam de cabeça para baixo.

Querido Frankie, Direção: Shona Auerbach, Reino Unido/ 2004, Frankie é um menino surdo que vive mudando de casa com a mãe solteira, Lizzie,e a avó. Lizzie, na verdade, está fugindo do pai abusivo do garoto e inventou para o filho a imagem de um pai marinheiro, em eternas viagens em alto-mar. Circunstâncias, porém, forçam Lizzie a contratar um desconhecido para se fazer passar pela figura paterna.


O filme surdo de Beethoven, Direção: Ana Torfs, Bélgica/1998, revisão dos últimos anos da vida do compositor Ludwig van Beethoven a partir das anotações que parentes, amigos e conhecidos escreviam para ele em seus diálogos surdos. São perguntas, respostas e impressões deixadas ao compositor, que morreu em 1827. Sua saúde começou a ter rápida deterioração, em 1815, afetando seriamente sua audição. Como não conseguia mais ouvir, ele pedia às pessoas que “falassem” com ele por escrito. Revela-se, assim, a intimidade de um músico que nos seus últimos anos de vida compôs a 9ª Sinfonia e a Missa Solemnis. Das quatro mil páginas de anotações, o filme traz conversas que podem parecer insignificantes, mas que ajudam a compreender o gênio do compositor.

O país dos surdos, Direção: Nicolas Philibert, França/ 1992, a que se assemelha o mundo para milhões de pessoas que, desde seu nascimento, vivem no silêncio? Com Jean-Claude, Claire, Florent, Abou, Marie-Hélène e alguns outros, Nicolas Philibert nos faz penetrar e descobrir esse país longínquo, reinado pelos sistemas de comunicação específicos, onde tudo passa pelo olhar e pelo toque.

De Porta em Porta, Direção: Steven Schachter, Estados Unidos/ 2002, Bill Porter vê poucas perspectivas em seu trabalho como vendedor. Por essa razão, ele se oferece para trabalhar em um território difícil que todos rejeitam. Afinal, o que é um mero território difícil para Bill, portador de paralisia cerabral? William H. Macy é Bill, que com um corpo, mas não um espírito deficiente, faz uma vitoriosa carreira como vendedor de porta em porta - causando grande impacto nas vidas de seus clientes.

O Homem Elefante, Direção: David Lynch, Estados Unidos e Reino Unido/1980, John Merrick (John Hurt) é um inglês que vive recluso em um circo por ter uma doença que desfigurou seu rosto. Ele é descoberto por um médico (Anthony Hopkins), que deseja integrá-lo à sociedade não como um “esquisito”, mas como alguém normal e culto. O problema é que as pessoas não estão prontas para isso, e John terá que sofrer muito para ser tratado como ser humano.

Fantasma da Ópera, Direção: Joel Schumacher,Estados Unidos/Inglaterra/2004, Após La Carlotta desistir de uma ópera no dia da estréia, a jovem Christine Daae tem a chance da sua vida ao assumir seu lugar. O que ninguém desconfia é que, por trás de todo o sucesso, ela tem um misterioso tutor - o fantasma da ópera.

Sempre Amigos, Direção: Peter Chelsom, EUA /1998, Kevin (Kieran Culkin) é um garoto que sofre de uma doença degenerativa. Extremamente inteligente, mas isolado do convivio social por conta de seu problema, ele aprendeu a viver no mundo da imaginação. Max (Elden Henson) é outro menino rejeitado pelos colegas da mesma idade por conta de um problema de desenvolvimento: o cérebro não acompanha o corpo, fazendo com que ele repetisse o ano por vezes consecutivas. Quando esses dois jovens se encontram, uma bela amizade nasce.

Gaby uma Historia Verdadeira, Direção: Luis Mandoki, EUA / 1989, apesar de inteligente e lúcida, Gaby Brimmer (Rachel Chagall) nasceu com problemas neurológicos que limitam drasticamente o controle sobre seu corpo. Sem jamais ter conseguido andar, falar ou mexer as mãos, Gaby torna-se famosa ao escrever um livro usando o pé esquerdo e uma máquina de escrever elétrica.

Johnny vai à Guerra, Direção: Dalton Trumbo, Estados Unidos/1971, Johnny Vai à Guerra é um monumento cinematográfico erigido contra todas a guerras: do passado, do presente e do futuro. Afinal, Trumbo criou a figura do soldado sem nome como uma metáfora de todos os homens que perderam a vida na guerra. Filme poético e chocante é narrado em dois níveis, com o preto e branco e o colorido separando a vida e a agonia de um soldado reduzido a um torso em combate durante a 1ª Guerra Mundial. Por meio de um monólogo interior, somos testemunhas do que foi a vida do jovem soldado e acompanhamos o que restou do seu corpo numa sala escura de hospital.


O Despertar para a vida, Direção: Neal Jimenez, Michael Steinberg, Estados Unidos/ 1991, um jovem escritor (Eric Stoltz, de Vem Dormir Comigo), um motociclista rebelde e racista (William Forsythe, de Era uma Vez na América) e um alcoólatra negro (Wesley Snipes, de Blade 2) acabam-se encontrando em uma enfermaria. Paralíticos, descobrem que os preconceitos e vícios devem ser superados para recomeçar a vida. Aos poucos, trocam experiências e surge uma forte amizade entre eles. Porém, as visitas da amante do escritor (Helen Hunt, Oscar de Atriz por Melhor é Impossível) começam a estabelecer um clima de tensão.

Amargo regresso, Direção: Hal Ashby, Estados Unidos/1978, Bob Hyde (Bruce Dern) faz parte do exército americano que vai à guerra do Vietnã. Sally (Jane Fonda), sua esposa, é uma enfermeira que trabalha em um hospital de veteranos. A situação para Sally piora quando seu marido descobre que ela está envolvida com Luke Martin (Jon Voight), um soldado paraplégico.

Carne trêmula, Direção: Pedro Almodóvar, Espanha/França /1997, vida de um entregador de pizza muda totalmente quando ele se apaixona por uma mulher, que acaba ficando com outro. Desesperado, ele acaba atirando no homem, aleijando-o, e vai preso. Quando sai da cadeia, uma rede de emoções volta à tona com vidas marcadas pelo passado.

Uma janela para o céu. Direção: Larry Peerce, EUA/ 1975, baseado na história real de Jill Kinmont, trata-se de história passada em 1955, quando a jovem Jill, então com 18 anos de idade, revela-se um enorme talento para o esqui e aposta certa para vencer os Jogos Olímpicos de Inverno de 1956. Mas acontece uma fatalidade: Jill por pouco não perde a vida após uma queda brutal na neve, mas fica paralisada do pescoço para baixo. Ainda que esteja impedida de praticar esportes para sempre, Jill agora tem uma outra batalha: viver e conviver com sua deficiência. Para isso ela vai contar com a ajuda de amigos, dos pais e parentes.

Nascido em 4 de Julho, Direção: Oliver Stone, Estados Unidos/1989, após ficar paraplégico na Guerra do Vietnã, o idealista Ron Kovic (Tom Cruise) retorna aos EUA como herói, mas logo se depara com a dura realidade que os deficientes físicos enfrentam em seu país. Agora ele quer lutar por seus direitos vergonhosamente renegados por aqueles que tanto admirava.

Feliz ano velho, Direção: Roberto Gervitz, Brasil/ 1987, baseado no livro (e na história real) do escritor Marcelo Rubens Paiva. A trama fala de Mário (Marcos Breda), um jovem estudante que dá adeus à sua adolescência ao mergulhar e bater a cabeça em uma pedra no fundo de um lago tornando-se tetraplégico. Preso à sua cadeira de rodas, o que parecia difícil fica pior e o rapaz, diante do que parecia o fim, começa a reviver e resgatar momentos importantes de seu passado, até descobrir uma nova força em sua vida.

VERMELHO COMO O CÉU - em uma pequena vila da Toscana (Itália) vive Mirco (Luca Capriotti), que aos dez anos já é um entusiasta do cinema. Certo dia, ao brincar com um rifle do pai, um tiro acidental lhe atinge a cabeça. O garoto sobrevive, mas perde a visão. Impedido de se matricular na escola pública regular, é enviado ao Instituto David Chiossone de Gênova, exclusivo para cegos. Nos turbulentos anos da década de 1970, período de protestos políticos e manifestações estudantis, a lei italiana considerava indivíduos cegos inválidos e, portanto, privados de certos direitos. E é justamente nessa instituição especial que Mirco encontra um velho gravador de som e descobre um universo novo, mágico. Essa e outras aventuras do menino (como reunir colegas e visitar uma sala de cinema às escondidas) fazem com que ele seja expulso do colégio. O interessante é que o fato desencadeia inúmeras reações populares em defesa do garoto e, conseqüentemente, da cidadania e educação.


GÊNIO INDOMÁVEL, 1997, EUA, entre a genialidade e a rebeldia. Assim pode ser definida a tensão vivida pelo jovem órfão Will Hunting (Matt Damon), funcionário de limpeza e manutenção do Instituto Tecnológico de Massachusetts (EUA). A trajetória do protagonista tem início quando um dos professores da instituição, Gerald Lambeau (Stellan Skarsgard), desafia a turma com um problema de matemática enigmático no quadro negro. Dias depois, ele é surpreendido com a resolução do exercício em uma das lousas do corredor da sala de aula. O mesmo acontece com uma segunda equação. E, para a admiração de todos, Hunting, que pouco se dedicou aos estudos, é o responsável pelas façanhas. O professor, então, convida o garoto para integrar sua equipe. Mas como o jovem tem pendências com a polícia, por casos de agressão, a solução apontada pela justiça é, antes de tudo, encaminhá-lo a um terapeuta, Sean McGuire (Robin Williams). A narrativa, de maneira geral, evidencia a importância de se valorizar as potencialidades de cada pessoa e, acima de tudo, respeitar as diferenças. Tarefa de sensibilidade para todo educador!

RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO

OS DONOS DO AMANHÃ, MARK LESTER, EUA, 1982.

PRIMEIRA NOITE DE TRANQÜILIDADE, ZUREINI/FRA/ITA/1972.

MADADAYO KUROSAWA, JAPÃO, 1993.

O PREÇO DE UM DESAFIO, RAMON MENENTEZ, EUA, 1987.

GAROTOS INCRÍVEIS. CURTIS HANSON, EUA/2000.

MÚSICA DO CORAÇÃO. WES CRAVEN, EUA, 1999.

UM NOVO HOMEM. DANI DEVITTO, EUA, 1994.

MATILDA. DANNY DEVITO, EUA, 1997.

A LÍNGUA DAS MARIPOSAS. JOSÉ LUIS CUERDA, ESPANHA, 1999.

O JARRO. FORUZESH, IRÃ, 1992.

OLEANNA. DAVID MAMET, EUA, 1994.

CRIANÇAS DO MEU CORAÇÃO. KEITHROSS,CANADÁ, 2000.

NUNCA TE AMEI. MIKE FIGGIS, EUA/INGLATERRA, 1994.

TODAS AS COISAS SÃO BELAS. BO WIDERBERG, DINAMARCA/SUÉCIA, 1995.

NOSSO PROFESSOR É UM HERÓI. GERARD LAUZIER, FRANÇA, 1996.

AO MESTRE COM CARINHO. JAMES CLAVEL, INGLATERRA, 1967.

AO MESTRE COM CARINHO 2. PETER BOGDANOVICH, EUA, 1996.

MR. HOLLAND, ADORÁVEL PROFESSOR. STEPHEN HEREK, EUA, 1995.

O HOMEM SEM FACE. MEL GIBSON, EUA, 1993.

SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS. PETER WEIR, EUA, 1989.

ADEUS MENINOS. LOUIS MALLE, ALEMANHA/FRANÇA, 1987.

MEU MESTRE, MINHA VIDA. JOHN GAVILDSEN, EUA, 1989.

AS 200 CIRANÇAS DO DR. KORCZAK, ANDRZY WAJDA, POLÔNIA, 1997. QUANDO TUDO COMEÇA. BERTRAND TAVENIER, 1999, FRANÇA.

NENHUM A MENOS. ZHANG YIMOU, CHINA, 1999.

O LEITOR – encontro de um adolescente de 15 anos e uma mulher madura que foi guarda de campo de concentração. Os encontros dos dois são sempre pontuados pela leitura de livros clássicos.

RELACIONAMENTO ENTRE PAIS E FILHOS

FANNY E ALEXANDER. INGMAR BERGMAN, SUÉCIA, 1983.

INTERIORES. WOODY ALLEN, EUA, 1978.

BICHO DE SETE CABEÇAS. LAÍS BODFANSKY, BRASIL, 2001.

BELEZA AMERICANA. SAM MENDES, EUA, 1999.

KRAMER X KRAMER. ROBERT BENTON, EUA, 1979.

FESTA EM FAMÍLIA. VINTERBERG, DINAMARCA, 1998.

CARÁTER. MIKE VAN DIEM, HOLANDA/1997.

O PAIZÃO. DENNIS DUGAN, EUA, 1999.

LAÇOS DE TERNURA. JAMES BROOKS, EUA, 1983.

SEGREDOS E MENTIRAS. MIKELEIGH, INGLATERRA, 1996.

SONATA DE OUTONO. BERGMAN, SUÉCIA, 1978.

GÊMEOS, MÓRBIDA SEMELHANÇA. CRONENBERG,CANADÁ,1988.

DUAS VIDAS. JON TURTELTAUB, EUA, 2000.

PAI PATRÃO. PAOLO E VITTORIO TAVIANI, ITÁLIA, 1977.

KOLYA – UMA LIÇÃO DE AMOR. JÁN SVÈRAK, REPÚBLICA TCHECA / FRANÇA/ INGLATERRA,1996.

MEU PAI, UMA LIÇÃO DE VIDA. GARY DAVID GOLDBERG, EUA, 1989.

MINHA FILHA. LARRY SHAW, EUA, 1990.

ENSINA-ME A VIVER. CHARLES MATTHAU, EUA, 1996.

NUNCA FOMOS TÃO FELIZES. MURILO SALLES, BRASIL, 1983.

REFLEXÃO:


TEMPOS MODERNOS - É uma sátira à vida industrial. É o primeiro filme em que Chaplin fez uso dos efeitos sonoros e a última aparição de seu adorável vagabundo Carlitos. Chaplin interpreta o empregado de uma fábrica supermoderna, que entra em crise, perde o emprego e é obrigado a enfrentar a Depressão americana.

FORD – O Homem e a Máquina - É a história do homem que criou a Ford. Henry Ford foi um dos mais extraordinários personagens do século 20. Esta é a história do gênio criador da produção em série que revolucionou o mundo industrial e colocou o automóvel ao alcance de todos, desde seu primeiro contato com as máquinas a vapor, até a fulgurante indústria automobilística de nossos dias.

GANDHI - Um extraordinário homem derrota um império para tornar livre uma nação de 350 milhões de pessoas. Sua meta foi a liberdade. Sua estratégia foi a paz. Sua arma foi a humanidade. Gandhi, advogado, uma das mais importantes figuras do século XX. Através da resistência passiva ele conquista a liberdade para a Índia e o fim do regime Inglês.

FORMIGUINHAZ - A história da formiguinha Z, uma operária com grandes idéias sonha com a chance de conquistar a princesa. Convence seu amigo soldado para trocar de lugar e ocorre uma fantástica reviravolta em sua vida. O General planeja exterminar a colônia. É então que Z, insignificante operário, se transforma no maior de todos os heróis. Não é difícil transferir a mensagem do filme FormiguinhaZ para as relações de poder da sociedade em que vivemos. Igualmente, serve de lição o exemplo de organização das operárias formiguinhaZ.

CENTRAL DO BRASIL - Uma história comovente em que Dora – Fernanda Montenegro – escreve cartas para analfabetos na estação Central do Brasil. Josué, um garoto de 9 anos sonha encontrar o pai que nunca conheceu. Na saída da estação, a mãe de Josué é atropelado e menino fica abandonado, mas acaba acolhido por Dora. Leva-o para o interior do Nordeste à procura do pai. Começa uma viagem fascinante pelo Brasil à procura do pai desaparecido.


O QUE É ISSO COMPANHEIRO? - Conta a história do seqüestro do embaixador americano por um grupo de jovens militantes de esquerda em 1969, um dos fatos de maior impacto político da história recente do Brasil.


OS GRITOS DO SILÊNCIO - Camboja, dividido e devastado pela guerra. Relata a história de um homem determinado em busca da verdade a qualquer preço e da impressionante vontade de viver de seu companheiro. Os dois nunca esquecerão o que viram, o que sentiram e o que experimentaram quando ouviram os gritos do silêncio.


GÊNIO INDOMÁVEL - Um jovem carismático e rebelde que nos primeiros 20 anos de sua vida assumiu tudo, agora está prestes a virar o jogo. Nunca freqüentou a universidade e vive de pequenos trabalhos, mesmo assim é capaz de citar fatos históricos e resolver complicadas equações matemáticas. Precisa encontrar uma saída para escapar da prisão. Sua esperança é um professor universitário e terapeuta que admira seu crescimento emocional e compreende o que é lutar por seu espaço na vida.


EM NOME DE DEUS- Amor a primeira vista que se desdobra em paixão e adoração entre um mestre de teologia com votos de castidade e uma bela mulher erudita da aristocracia do século XII. Uma história intensa, onde o professor, prestigiado pelo clero e pelos alunos se relaciona com Heloíse e atinge a todos em sua volta. Uma história que revela paixão, lealdade, desafio e vingança.


MUITO BARULHO POR NADA - Sob o sol ardente da Sicília, lindas mulheres esperam seus homens que voltam da guerra famintos de amor. O lugar torna-se o cenário de encontros cômicos e apaixonados, de intrigas e traições.


UM ESTRANHO NO NINHO - Filme americano eleito como um dos dez melhores de todos os tempos. Revela o que acontece num manicômio judicial quando um interno se finge de louco para escapar da cadeia através de sua rebeldia e entra em conflito com a enfermeira chefe e toda a gama de repressão que sustenta o sistema institucional.


A LISTA DE SCHINDLER - Não é apenas mais um filme sobre o holocausto, sobre alemães maus e judeus bons. É um filme sobre a natureza humana.


O QUATRILHO - Conta a história da relação de dois jovens casais de imigrantes. Na luta pela sobrevivência diante de um novo mundo, surge uma surpreendente paixão. Quatrilho é o nome de um jogo de cartas em que os participantes precisam trais seus parceiros para se sagrarem vencedores. O filme narra a saga dos imigrantes italianos entre as décadas de 1910 e 1930.


ADORÁVEL PROFESSOR - Em 1964, o jovem compositor Glenn Holland decide dar aulas de música, enquanto economiza para dedicar todo seu tempo à composição de sua sinfonia. Para cativar os alunos, traz para a sala de aula o Rock’n Roll. Com a chegada do filho, estabelece outras prioridades, ainda mais, quando descobriu que nascera surdo. Anos mais tarde organiza um concerto para deficientes auditivos, dividindo assim, com o filho, o amor pela música.


O SHOW DE TRUMAN - O show da vida - Envolve um homem cuja vida é um Show contínuo de televisão. Truman nem imagina que sua antiquada cidade é um estúdio gigantesco dirigido por um visionário produtor/diretor/criador, nem que as pessoas que vivem e trabalham lá são atores de Hollywood, e que até sua entusiasmada esposa é uma atriz contratada. Gradualmente, Truman vai percebendo os fatos.


O APRENDIZ - Drama sobre um aplicado estudante de dezesseis anos que reconhece no velhinho que mora em sua cidade, um nazista procurado. Obrigado a revelar segredos do passado sobre o campo de concentração e ganhar o silêncio do rapaz. O fugitivo alemão prepara um sinistro plano para implicar o adolescente num perigoso jogo psicológico.


O QUARTO PODER - Envolve a história de um homem que comete um erro e outro é capaz de transformar esse erro em espetáculo.


13º ANDAR - As barreiras entre a fantasia e a realidade se tocam neste filme de suspense, onde dois mundos paralelos colidem num extremo de desilusão, loucura e crimes. No 13º andar de torre de uma corporação abrem-se as portas para um mundo virtual. Ao cruzar as fronteiras da realidade virtual para achar resposta, sempre nos confrontamos com a surpreendente verdade da própria existência.


A REDE - Enquanto conserta alguns defeitos num programa de games, Angela acessa um quebra-cabeças com dados altamente secretos do governo. Percebe que acessou uma conspiração por computador. Angela descobre que todos os traços de sua existência foram apagados e que recebeu uma nova identidade nos arquivos da polícia e se torna uma criminosa perseguida. Agora ela vai ter que sair da frente do computador e escapar com vida no mundo real.


MATRIX - A terra foi dominada por máquinas dotadas de inteligência artificial, que passaram a ter domínio sobre a raça humana. Só resta uma esperança! Ficção cibernética, incríveis efeitos especiais e a mais intrigante visão do futuro.


O PREÇO DO DESAFIO - Nesta comovente história baseada em fatos reais, um professor boliviano vai lecionar processamento de dados. Mas já no primeiro dia, ele descobre que na escola não há sequer computadores. O que existe são gangs de drogados e um elevado índice de desistência. Remanejado para lecionar matemática o professor desafia seus alunos com a perspectiva excitante de aprender muito e mudar suas vidas, derrubando o preconceito que há contra os alunos daquela escola. Após um árduo trabalho, 18 alunos se transformam em gênios da matemática, prontos para prestar um exame na mais temida escola americana. O resultado foi tão surpreendente que os alunos foram acusados de fraude. Para mostrar a verdade, decidiram pagar o preço do desafio.


INTIMO E PESSOAL - Uma moça do interior sem experiência, mas ambiciosa, munida de uma fita de demonstração de produção caseira, bate de porta em porta com várias estações de TV na tentativa de realizar em grande sonho: tornar-se uma estrela do jornalismo. Transforma-se na admirável âncora de um dos noticiários mais prestigiados dos EUA e assume um romance nada convencional, ambientado nos bastidores da notícia. Jogo da verdade - Trabalha perdas-adultos e adolescentes.

Para discussão sobre AIDS, Eutanásia, Aborto, ética, preconceito, sexualidade, drogas...

Quando um homem ama uma mulher- Alcoolismo -adultos e adolescentes

A peste- Saúde pública :retrato de uma epidemia e a relação disso com a sociedade e o poder. Adultos e adolescentes.

Beleza roubada. Adolescência, HIV.Adultos e adolescentes

Colcha de retalhos. Relacionamento, gênero. Adultos e adolescentes

E a vida continua. Documentário sobre a história da epidemia de HIV.Adultos e adolescentes

Meu querido companheiro - Aids nos 80. 15 anos em diante

Mulher até o fim. Perdas - Adultos

Nada é para sempre - Eutanásia.Adultos e adolescentes.

A cura - Aids e crianças

O óleo de Lorenzo- Postura médica X postura familiar

O preço de uma escolha- Aborto. Adultos e adolescentes.

Prisioneiro do silêncio - Deficiência mental. Adultos, adolescentes e crianças.

Servindo em silêncio - Preconceito,sexualidade. Adultos e adolescentes .

Somente elas - Mulher e AIDS.Adultos e adolescentes

Tudo pela vida - Auto -estima . Adultos e adolescentes

A última festa - Aids- adultos e adolescentes.

Por uma noite apenas - Relacionamento, aids. Adultos.

O Fenômeno - Valorização da vida - adultos e adolescentes.

Cidade da Esperança - Solidariedade, auto-estima. Adultos e adolescentes

Cidade dos anjos- Perdas , 16 anos em diante.

Jamaica abaixo de zero- auto- estima, trabalho coletivo - 10 anos em diante

Dopping - Drogas , história verídica mas com final feliz- 14 anos em diante

Corações apaixonados - Aids, solidariedade, relacionamento -adultos e adolescentes

Hurricane, o furacão - Auto estima, determinação, direitos humanos- Adultos e adolescentes.

Regras da vida - aborto, relacionamento- ensino médio e adulto.

Jefrey de caso com a vida - Aids, convivência- adultos

Garota interrompida - sexualidade - adultos

Garotos não choram - Sexualidade , adultos.

Minha vida em cor de rosa - Sexualidade , adultos.

Uma cama para três- sexualidade, adultos e adolescentes

Mulan - questões de gênero e amizade .

MILK – A VOZ DA IGUALDADE – Retrato fiel da luta dos homossexuais por respeito e igualdade.


Filme - Sociedade


Amistad - A liberdade vista como um direito e não uma concessão


Beleza Americana - Uma tragédia moderna


Brincando nos campos do senhor - Quem se importa com os índios?


Do mundo nada se leva - Ser feliz: uma questão de opção


Filadelfia - Um alerta contra o preconceito de todos os dias


Kolya - Como o relacionamento entre as pessoas pode modificá-las


Kramer vs. Kramer - Uma reflexão sobre os papéis da mulher e do homem na família tradicional


Kundun - A história do décimo quarto Dalai Lama


O corpo - Um filme para debater aspectos do conflito israelense-palestino


O Filho da Noiva - Uma história de reencontro com a vida


O Quarto Poder - O questionamento ético do profissional da imprensa


O Show de Truman - O reality show levado às ultimas conseqüências


Os gritos do silêncio - As atrocidades da guerra na Indochina


Ou Tudo ou Nada - Até onde se pode chegar quando se está desesperado


Parente... é serpente - A hipocrisia nas relações familiares


Passagem para a Índia - Colonizadores versus colonizados na Índia do Império britânico


Rain Man - Jovem autista questiona os valores de seu irmão


Tempos Modernos - Crítica à massificação da sociedade


Violência e Paixão - Decadência e crise na civilização ocidental






















































Documentários:



A Marcha dos Pingüins- Em um cenário de puro gelo, surge uma história maravilhosa que se repete há milênios e da qual depende a preservação da espécie: a longa marcha dos pingüins-imperadores em busca do par perfeito.

Todo ano milhares de machos e fêmeas se reúnem no deserto da Antártica para um breve período de namoro e fecundação. Durante a chocagem dos ovos e nos primeiros meses de vida do filhote, mãe e pai se revezam nos cuidados com o novo ser. Enquanto o pai fica no deserto, protegendo o ovo sob temperaturas baixíssimas, a mãe volta ao mar em busca de alimento. Quando retorna, exausta, trazendo comida para a cria, é ele quem parte para se alimentar. Haverá por fim uma última reunião de pais e filhos, antes que o grande grupo se disperse até o próximo outono.












O PRAZER DE BRINCAR - DOCUMENTÁRIO LÚDICO PARA PROF. E PAIS

O PRAZER DE BRINCAR - DOCUMENTÁRIO LÚDICO PARA PROF. E PAIS



UM DOCUMENTÁRIO LÚDICO SOBRE O PRAZER DE BRINCAR. QUANTO MAIS CAPAZ DE BRINCAR UM SER HUMANO FOR MELHOR SER HUMANO ELE SERÁ. BRINCAR É UM ASSUNTO MUITO SÉRIO. SEM ELE A HUMANIDADE NÃO TERIA EVOLUÍDO, POIS É ATRAVÉS DAS BRINCADEIRAS QUE NOS CHEGAM O IMPROVISO, A CRIATIVIDADE E O PRAZER DE EXISTIR, DE SER!. MÃES, PAIS, TIOS E AVÓS SE DIVERTINDO COM SUAS CRIANÇAS NAS MAIS DIFERENTES E ENGRAÇADAS SITUAÇÕES. UM HINO DE AMOR À VIDA COM DEPOIMENTOS DA TEATRÓLOGA MARIA CLARA MACHADO, DA ESCRITORA SYLVIA ORTOFF, E DA EDUCADORA MADALENA FREIRE DENTRE MUITOS OUTROS. MÚSICA TEMA CANTADA POR NEI MATOGROSSO ESPECIALMENTE PARA ESTE PROJETO. RESGATE DE BRINCADEIRAS ANTIGAS COMO DIABOLÔ, AMARELINHA, PERNA DE PAU E SALTAR PIPAS. É UM VIDEO MUITO IMPORTANTE PARA QUEM TEM FILHOS OU AINDA TERÁ. PRODUZIDO PELA BABYVIDEO COM DIREÇÃO DE HELIO LEMOS. TEM 52 MIN DE DURAÇÃO. JÁ FOI EXIBIDO DUAS VEZES NA TV FUTURA





Jean Piaget (Grandes Educadores)



Biólogo de formação,psicólogo cognitivo, filósofo por afinidade, Piaget construiu uma obra longa, coerente e sistematizada. Os conceitos que cunhou marcaram o campo da Pedagogia a tal ponto que muitos o consideram, erroneamente, um educador. Para guiar o professor que pretende conhecer melhor o tema, este video apresenta de forma clara os principais conceitos piagetianos. Conforme Yves de La Taille, ¨a teoria de Piaget é importante para todos os adultos que lidam com crianças, pois oferece instrumentos que ajudam a entender não apenas o desenvolvimento da inteligência, mas suas decorrências, como a formação do comportamento e da personalidade da criança





Ilha das Flores - Um tomate é plantado, colhido, transportado e vendido num supermercado, mas apodrece e acaba no lixo. Acaba? Não. ILHA DAS FLORES segue-o até seu verdadeiro final, entre animais, lixo, mulheres e crianças. E então fica clara a diferença que existe entre tomates, porcos e seres humanos.



Tolerância - História de um casal que confronta suas civilizadas teorias sobre o sexo e a política com a realidade, descobrindo que nem o mundo, nem eles mesmos, ainda são suficientemente civilizados.









Filmes que tratam de deficiências:

1. Meu Filho,Meu Mundo - James Farentino (autismo)

2. Experimentando a Vida - Elisabeth Shue (autismo)

3. Tommy - Roger Daltrey ( autismo)

4. Rain Man - Dustin Hofman ( autismo)

5. O enigma das cartas ( autismo).

6. O milagre de Anne Sulivann ( cegueira, surdez e mudez) (filme de colecionador).

7. A filha da Luz ( autismo).

8. Prisioneiro do Silêncio ( autismo, deficiência mental)

9. O Oleo de Lorenzo ( doença degenerativa)

10. Meu Adorável Professor ( surdez)

11. O pequeno milagre ( nanismo/discriminação)

12. Meu Pé Esquerdo ( paralisia cerebral)

Filmes que abordam o tema Deficiência Mental:

Forrest Gump, o contador de histórias

Gaby, uma história verdadeira

Gilbert Grape - Aprendiz de sonhador

Meu filho, meu mundo

Meu pé esquerdo

Nell

Nick and Gino

O oitavo dia

Rain Man

Simples como amar

Meu nome é Rádio